A minha volta, uma idéia fixa me acompanhava pelas salas, corredores: o tempo não tem fim, mas ele é o fim; E aquilo ficava ecoando na minha cabeça como um mantra.
O que será que é o contrário do amor?(...) Cheguei a conclusão de que, o contrário do amor é o estado permanente de perplexidade. Uma perplexidade ferida que te prende numa armadilha de onde você só vai conseguir escapar com a ajuda de quem te abandonou.
Você conhece alguma coisa mais real que um fantasma?
Só uma coisa me faria respirar como respira uma montanha, profundamente, não depender mais do coração alheio, não olhar para o relógio com angústia quando um atraso pode significar desaparecimento, não estar mais ligada por um fio invisível num corpo externo a mim.
A dor da perda, para ser concreta, pra mim, tem que passar pelo corpo. Sem falar que, às vezes, a gente precisa de certos freios (...). Eu não posso ir atrás da Antônia e também não tenho espaço para começar um novo relacionamento. Mas, eu tô viva.
Perplexo com o texto... O senti à fundo.
ResponderExcluirPerturbador.
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