domingo, 25 de dezembro de 2011

''Andei pensando coisas sobre amor, essa palavra sagrada. O que mais me deteve, do que pensei, era assim: a perda do amor é igual à perda da morte. Só que dói mais. Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro mas a morte é inevitável, portanto normal. Quando você perde alguém que você ama, e esse amor - essa pessoa - continua vivo, há então uma morte anormal. O NUNCA MAIS de não ter quem se ama torna-se tão irremediável quanto não ter NUNCA MAIS quem morreu. E dói mais fundo- porque se poderia ter, já que está vivo.'' (Caio Fernando Abreu in: Extremos da paixão/Pequenas Epifanias, p. 30)

Quando se tem pouco tempo com alguém, tudo pelo que você luta é para viver quantos momentos a mais você conseguir. Triste, é terrivelmente triste quando só nos damos conta disso depois da morte, porque nos damos conta do quanto estávamos ocupados, supervalorizando a própria morte, e não a vida.
Tudo que eu queria era aproveitar o meu pouco tempo com você, vivendo. Pois, por vezes, quando perdia meu sono pensando nas tuas palavras, não me faltava certeza de que eu, ‘eu morreria por você.’

(...)

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